ITAPERUNA- Um crime brutal abalou a comunidade de Comendador Venâncio, distrito de Itaperuna. Três pessoas de uma mesma família — pai, mãe e uma criança — foram encontradas mortas dentro de uma cisterna na propriedade onde viviam. O principal suspeito é o próprio filho do casal, um adolescente de 14 anos, que confessou os assassinatos.
Segundo a Polícia Civil, o crime teria ocorrido na madrugada de sábado (21), quando o menor matou os pais e o irmão mais novo enquanto dormiam, usando veneno e disparos de arma de fogo. Em seguida, ele arrastou os corpos até uma área da casa e ocultou-os na cisterna.
Durante coletiva de imprensa na 143ª Delegacia de Polícia, o delegado Carlos Augusto Guimarães revelou detalhes estarrecedores da investigação. O adolescente tomou pré-treino para não dormir e agir com mais disposição, e teria utilizado alvejante líquido sobre o piso frio da residência para facilitar o deslizamento dos corpos. Depois, os empurrou do alto de uma escada, fazendo com que caíssem próximo à cisterna, onde foram posteriormente ocultados. Mas há também a hipótese não descartada, de que alguém teria ajudado, já que o menino é de compleição física franzina.
A suspeita do crime começou a ganhar forma quando a avó do menor procurou a delegacia na segunda-feira (23), relatando que o neto de quatro anos havia sido hospitalizado após ingerir cacos de vidro, e que, desde então, ela não conseguia contato com nenhum membro da família. Na terça-feira (24), ela retornou à delegacia, registrando o desaparecimento dos familiares.
O adolescente confessou o crime a um tio, que imediatamente acionou a polícia. O setor de homicídios e peritos da Polícia Técnico-Científica foram deslocados ao local, onde encontraram os corpos e isolaram a área para a realização da perícia. Uma das motivações para o crime seria um relacionamento a distância com uma garota do Mato Grosso, e proibida pelos pai dele, de quem o menino também conferiu o saldo do FGTS depois da morte.
As vítimas foram identificadas como Inaila Teixeira, cabeleireira, e seu esposo Antônio Carlos Teixeira, casados há duas décadas. O filho mais novo, Antônio Filho, completaria quatro anos em julho.
Os delegados Carlos Augusto Guimarães (titular) e Gabriel Ramos (adjunto) conduzem as investigações, que continuam para esclarecer por completo a motivação do crime. O caso será encaminhado à Vara da Infância e Juventude, por envolver um menor de idade como autor confesso.
A comoção na região é intensa, diante da brutalidade e da precocidade com que a violência se manifestou no seio de uma família, e faz lembrar o Caso Suzane Richthofen ( Ver AQUI). O garoto demonstrou frieza e pesquisou todo o possível desenrolar do que faria. E fez.

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